quarta-feira, 21 de abril de 2010

Louvores ao Catimbal

Como és belo lugar sereno
Tuas paredes de guardam e te enfeitam
Os raios do sol por te pleitam
Com beleza de valor tremendo
Os pássaros com seu canto querendo
Chamar-te atenção um pouco
Cantos lidos outros tantos loucos
Uma grande orquestra natural
São encantos que traz o Catimbal
Que ano há tão perfeito canto outro




Antes fora morada dos antigos
Primitivos viventes do sertão
Fostes mar, de arenito formação
Tantos antes de ti fizeram abrigo
Acolhendo a todos como amigo
Quadro belo divino escultural
Expressão maior do natural
Caatigueiro, sertão dos nordestinos
Tu és único, lugar de desatinos
São encantos que traz o catimbal




Quantas horas passo a contemplar
Preeminente ação da natureza
Quando o sol aumenta tua beleza
Ferrugens raios brilhantes te tocar
Uma idílica visão a aparentar
Um coito singelo universal
E as cores se tocam em carnaval
Culminando com o nascer da lua
Que lhe beija a face ainda nua
São encantos que traz o Catimbal




És refugio eterno de mil almas
Que a tempos repousam em solo teu
Povo nômade, guerreiro recebeu
Tudo quanto oferece tua fauna
E se hoje tuas terras estão calmas
Noutros tempos sofreu na mão do mal
Os de antes respeitam o natural
Os de hoje só querem destruir
E um dia deixara de existir
Os encantos que tem o Catimbal




Damos graça a razão e a consciência
Onde poucos defendem este lugar
São esses olhos que estão a ensinar
Preservação ao que resta de essência
Pois o que lá tem não se explica na ciência
Só em versos de um poeta marginal
Cujas palavras transmitem o ideal
Que não tem fonte tampouco explicação
São coisas simples existente na emoção
São os encantos que traz o Catimbal