Ter consciência da sua solidão é um desafio imenso, mas o que lhe fere não é a falta, na verdade é a presença vazia daqueles que deveriam está ao seu lado.
E quando menos sorrisos são concedidos,quando o mundo real lhe é apresentado à bonequinha de porcelana é que de fato encontra a felicidade,ou melhor, é quando ela vê que nunca havia sido feliz.
A vida que lhe foi apresentada como um belo quadro Renascentista agora lhe parece algo tão confuso e fascinante quanto uma obra de Dali.
A demolição das suas convicções lhe custa muito, poucos presenciam o seu sofrimento.
A menina é só uma menina cansada, cansada de brincar.
Brincar de ser mulher.
Daniella Florencio Siqueira - Lua Primeira