A saudade me devora
Como necrose supurenta
E mesmo a cicatriz de outrora
É um sintoma que a tal aparenta
Se apresenta tal qual implora
Ao verme que experimenta
Meu sangue frio deflora
Parasita de tez sedenta
Carnificina saudosa vanguarda
Que decompõem a epiderme parda
Adiantando meu fim, verdade
Preservai somente, me guarda
Meu espírito no fogo arda
Pois não me resta nem dignidade
Textos e poesias de Um louco talvez poeta e amigos. sente no banco seu moço bem no pé dessa parede escute meu verso singelo feito balanço de rede beba da fonte poetica pode matar tua sede
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Saudade à Zé Limeira
A saudade é um fosco queimado
No rabo de um roedor
A saudade é isopor
Na boca de uma criança
É preso sob fiança
É prosa de cantador
Filolomia azavessa
Estrela que cai pra cima
Uns estalim de rima
Ponto final de conversa
Uma cagada sem pressa
Um arroz doce queimado
Cururu de amor inchado
É cururua cantando
A lua do céu olhando
Um bebo desengonçado
No rabo de um roedor
A saudade é isopor
Na boca de uma criança
É preso sob fiança
É prosa de cantador
Filolomia azavessa
Estrela que cai pra cima
Uns estalim de rima
Ponto final de conversa
Uma cagada sem pressa
Um arroz doce queimado
Cururu de amor inchado
É cururua cantando
A lua do céu olhando
Um bebo desengonçado
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